Hoje lendo o blog da Lorena, me
peguei pensando nas madrastas... Tá mas aí vc pode pensar, uê não é ela quem
sempre falou que achava que não conseguiria ser madrasta nunca? Pois é,
continuo fazendo esta afirmação, mas apesar de admitir minha incapacidade de
assumir tal papel e de nunca ter tido madrasta, posso falar de cadeira, vivo a ‘quarta
ponta’ da relação há 17 anos.
Me separei
do pai da Zebra quando estava grávida, e quando ela tinha 3 meses ele começou a
namorar sério a P., e foi amor a primeira vista! Logo no inicio do namoro ela
fez questão de conhecer a Zebra, e já no final de semana seguinte pediu para
ser levada a minha casa! OPA ! Pensei eu hormonalmente alterada, será que esta
guria quer marcar território e me afrontar? Como fui BURRA! Ela queria apenas
que eu visse com os meus olhos a ternura com que segurava minha filha em seu
colo e acalmar meu coração de mãe... E durante os 3 anos que ela namorou com o
pai da zebra foi a melhor de todas as madrastas! Cobrava que ELE fosse presente
na vida da filha, se preocupava com o bem estar da minha pequena e eu ficava
absolutamente em PAZ quando a pequena estava com eles, tanto que quando a
pequena tinha 8 meses permiti que viajassem com ela e passarem 1 mês inteiro
fora!E diariamente P. me ligava me dando relatórios sobre a pequena e colocando
o fone no ouvidinho para que ela não esquecesse a voz da mamãe. Tinha a certeza
do amor que era dedicado a minha filha, e em momento algum P. tentou ocupar o
lugar de mãe na vida da minha filha. Conhecia seu papel de madrasta e o cumpriu
com perfeição! Mas um dia ela cansou das intromissões da cobra, quer dizer sogra e terminou a relação.
Depois de um
ano na ‘guerra’, aparecendo muito menos do que antes, o pai conheceu a Atual esposa,
e curiosamente SUMIU... Durante meses não deu sinal de vida até que na véspera do
aniversário de um amigo em comum ele telefona, quer saber se eu vou à festa e
justifica que só quer saber por que a namorada NÃO SABE da existência de nossa
filha! Alega que ela não entenderia, e que não quer deixá-la numa situação
constrangedora!!! Solto todos os bichos em cima dele e não respondo a pergunta
tão abusada! Cerca de 2 meses depois é época de natal e finalmente ele resolve
que está na hora de apresentar as duas...Fiquei com o coração na mão mas permiti o encontro, afinal
ele é PAI dela e ainda não sirvo para alienadora, animo a pequena, que quase
estoura de alegria pelo encontro com o pai depois de mais de 6 meses de
ausência absoluta. Na volta do encontro a pequena Zebra chega cabisbaixa e
tristonha e num choro contido pergunta porque a Tia A. não gostou dela. Antes
mesmo de tentar entender a situação acalanto minha filha e consolo alertando
que a Tia A. não é a Tia P. que cada uma demonstra carinho de uma forma, e que
ela não deu chance de conhecer direito a Tia A..
Mas
novamente meses se passam, e o pai some no natal, ano novo, aniversário e páscoa...
Ligo para questionar o motivo e ele alega que não tem como encaixar a filha nos
programas com a namorada. Perto do casamento dele, eu procurei a madrasta, abri
meu coração, falei como mãe, como filha e como mulher, recebi em resposta que
ela nunca aceitaria dividi-lo com outra mulher, mesmo que fosse a filha...E a
relação das duas há mais de 10 anos se estende desta forma, a competição entre
elas é clara é acirrada, com isto o pai se afastou cada vez mais e hoje é uma
figura que aparece, telefona cerca de duas vezes ao ano. E quanto se encontram
só conseguem ter uma relação próxima de pai e filha quando a madrasta não está
por perto.
Hoje, já
quase mulher de 17 anos a Zebra faz de conta que não liga, que não se fere, mas
é nítido a magoa e a tristeza quando por
algum motivo o nome do pai vem a tona, e qualquer um percebe o quanto esta não
relação a machuca, principalmente porque vem de uma família onde FILHO é
PRIORIDADE absoluta, com homens realmente comprometidos no papel de PAI.
Como a
quarta ponta da relação, não consigo achar justo. Claro que mulher nenhuma é
obrigada a aceitar e a gostar de filhos que não são seus, mas não acho certo que se envolvam com homens que
tem filhos. EU NÃO ACEITARIA ,logo nunca me envolvi em uma relação ‘com bagagem’,
não seria capaz de separar um pai de seus filhos, até porque isto é impossível.
Passado não se apaga, então ao primeiro sinal de fraldas ou mamadeiras eu
pulava fora! Acredito sinceramente que a madrasta pode sim contribuir muito
para a formação de uma criança, e que tem tanto a dar quanto a receber nesta
relação, e talvez a maior prova disto é que até hoje a zebra lembra da P., tem
flashes de passeios que fizeram juntas e não raro a vejo namorar as fotos das 2
e vira e mexe a pego tentando conseguir o contato da P. para matar as
saudades....
A. só perdeu, pois mesmo sem aceitar e dificultando ao máximo o
contato sempre teve que conviver com a pior das relações... As que mantemos com
os fantasmas do nosso passado.
Nesta semana do dia das mães quero aproveitar
para parabenizar as madrastas de verdade, mulheres como a Lorena e como a P.
que sabem que seus amores só são completos com todo seu passado. Mulheres que
amam e educam, que mesmo sem terem gerado são capazes de colocar as prioridades
dos ‘filhos’ em primeiro lugar sem nunca tentarem ocupar o papel de MÃE.
Agora Imagina a pobre criança neste furdunço
oi..achei lindo isso. A p deve ser muito boa pessoa. Existem madrastas boas. O meu tio vai na terceira mulher. Com todas, teve filhas..tem 1 filho e 4 filhas. A minha prima mais nova, dá-se bem com a primeira mulher do meu tio, com os três primeiros filhos do meu tio, e os filhos mais velhos do meu tio dão-se muito bem com a mulher do meu tio. A que foi segunda companheira do meu tio, como estava com raiva ( e deve continuar ), no dia do funeral do meu avô, almoçou com a primeira ex-mulher do meu tio, e sempre falou mal da primeira ex-mulher. O meu tio é um excelente Pai. Quando saída de uma relação, pegava só no saco da roupa e saía de casa. Não entrava na onda de repartir bens, nem nada. Nunca criou conflitos ás ex-mulheres. Mas existem madrastas boas, como também existem madrastas más. há de tudo neste mundo. Porque a tratas por Zebra. não tem nome a tua filha ? sim, eu entendo que Zebra seja nome carinhoso. beijos
ResponderExcluirCara, a atitude da madrasta não me assusta tanto quanto a do pai. Não entendo mesmo como pode abrir mão de uma filha, sei lá, pra mim é tudo muiyo estranho
ResponderExcluirConcordo contigo Gi, mas infelizmente pelo que vejo a maior parte dos homens se deixa levar pela forma que a mulher escolhe enfrentar este tipo de problemas. Obveeeo que o grande responsável é ELE, mas não dá para negar que a madrasta pode ajuda ou atrapalhar muito.
ResponderExcluirPoxa, amiga, coitada da Zebra.
ResponderExcluirDeve ser dureza, mesmo, ter que agir como se tudo estivesse bem quando a verdade é que não está.
Concordo plenamente com a Gi, que a grande responsabilidade é dele, afinal a mulher é dele.
E outra, ele é que optou por não contar que tinha uma filha antes de se envolver. Colocando-se no lugar dela, a gente chega a ver que realmente a situação não é fácil pra ninguém, além, talvez, daquele que criou o furdunço.
Nossa Roberta, sei e entendo bem cada palavra sua deste post. Meus pais se separaram quando eu ainda tinha 5 anos e a namorada dele era uma madrasta perfeita, cuidava de mim, me mimava, um amor!Daí, depois que meu pai terminou com ela e arrumou outra SUMIU, isso mesmo..ele nem liga 2 vezes ao ano não, ele sumiu mesmo!Só rindo..não tenho a menor ideia se meu pai tá vivo ou morto...triste.
ResponderExcluirQue Zebra entenda que ele que está perdendo a maravilha da CONVIVÊNCIA com uma filha como ela.
Bjs!
Mãe do Theo
#amigacomenta
Humm obrigada!!!
ResponderExcluirAi amiga, é tudo tão dificil.
tao delicado, mas acho que o pai é quem da o ritmo da relaçao, sabe? Nao que eu nao seja gente boa, eu sou. mas EU SEMPRE soube que nos fins de semana alternados eles sao a prioridade. Ou seja, desde o inicio Marcio deixou isto bem claro. Entao eu só tive que me adequar. Na minha defesa, eu gosto de crianca, pra mim nao teve muito problema.
Bom, sobre competiçao: é assim, eu me policio o tempo inteiro. Por exemplo, eu vou sair , cuidar, brincar mas não sou mae. Entao, claro que a dedicação maior nao é minha, certo?
Outra coisa que foi dificil: dividir marido.
Pode parecer egoismo, mas tb preciso me policiar neste aspecto sim. Ele não é mais " só meu".
E, alem disso, eles tem os segredos deles, os momentos deles, as conversinhas de pai e filho..aí nestas horas eu vou pra internet, pro shopping, etc. Algumas eu ja participo. Em pouquissimos momentos eu me sinto, de fato, excluida.
E no mais é bom, se todos souberem respeitar as regras de boa convivencia....
Ah acredito sim, que a madrasta possa piorar ou nao esta relaçao. por exemplo: quando nos mudamos, eu tive um medo que eles nao se achassem donos da casa. Entao eles escolheram o quarto. Ajudaram a decorar. Abrem geladeira. Trazem os amigos. Riscaram a parede da varanda pra marcar a estatura. Me acordam pra pedir remedio da alergia...Ou seja, sem cerimonias.
Acho que um passinho de cada vez, a gente segue na caminhada.
Outro dia eu ouvi DO NADA : Voce nao é da minha familia!
Ah, chorei tanto. fiquei magoada.
Aí pensei, nenhuma criança pensa isto, ela repetiu o que ouviu por aí certo? Entao vamos esquecer porque eu nao faço gol contra não!!!
Outra coisa: Tem mae que so dificulta tambem!!!
Beijosss
Adorei!