terça-feira, 13 de novembro de 2012

Clone de Nine

Não tem como negar, coração de mãe chega beteu forte quando vi a foto rolando no FB.  Descobri que a Nine tem um clone!

Cara de um:




 E Fucinho de outro:



É muito amor no coração!
 Boa terça!!!!

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

O que é, O que é?


Domingão de Chuva, HL jogando futebol dentro do apartamento com Francisca, a vira lata mais gostosa da cidade, que insistem em fazer pênalti toda hora mordendo os calcanhares do moleque, Niqui o espertalhão manda:
Mãe você gosta de brincar de o quê é o quê é?
Sabendo que vou me meter em enrascada digo que gosto e começa uma sessão gostosa de  brincadeira, ficando encucado como a mãe sempre pensa, pensa e acaba acertando o moleque manda olhando para a chuva que insiste em despencar do lado de fora:
O quê é que caí em pé e corre deitado???
Finjo estar pensando, ameaço dizer que não sei, mas acabo respondendo:
Lembrei! É a Chuva?
Não mãe... quaquaquaquaquaquaqua. E a mãe com cara de paspalha pergunta ao espertinho o que é então, no que rapidamente o moleque aponta para o banheiro e esclarece: É a Agua do chuveiro oras!!!
O Pai explode numa gargalhada e a mãe afunda no sofá:
 Mumpft! Não brinco mais....

 Ilustração daqui

terça-feira, 6 de novembro de 2012

incoerente? Não!!!! FELIZ!!!!!!!!


Hoje depois de um momento mulherzinha com direito a DUAS longas horas no salão e repaginada geral no visual me peguei pensando na nova guinada que minha vida deu. Novamente brusca e sem planejamento, apenas seguindo as ordens que meu coração dita e os caminhos que o destino trilhou e percebi que esta não foi apenas uma mudança de cidade ou uma volta as origens. Foi o presente que a vida me deu, me trazendo para junto das minhas raízes, onde reconheço cada cheiro, cada som e cada silêncio para me permitir ousar e mudar...
E em pouco mais de um mês reformulei meu guarda roupas, o readaptando ao padrão candango de ser, mas diferente do que já foi um dia, terninhos e tailleurs não fazem parte do que quero aceitar para ser reconhecida profissionalmente, na verdade só sobrou um blazer no armário, e mesmo assim herança da minha passagem carioca... As cores vibram no meu guarda roupas, e a calça azul royal fica magnifica com a blusa coral. Esfriou? A seca acabou? Sem problemas, uma boa jaqueta de couro, ou um fantástico trend coach dão conta do recado com perfeição! Maxi colares e bolsas grandes completam o visual, acompanhando lindos saltos médios grossos, que não tô recebendo para encher minhas pernas de varizes.
E os esmaltes? Que horror!!!! Alguém deve a ousadia de quebrar o padrão ministerial de usar cores clarinhas ou vermelhos clássicos? Laranja, verde, tomate, azul e roxo vem bem a calhar para quebrar a monotonia dos corredores e salas de reunião.
E quem foi que ordenou que batom vermelho não combina com ambiente corporativo? Posso garantir que fica lindo, principalmente se acompanhado por um fino traço de delineador e muito rímel preto, destacando o olhar.
E quer saber? É exatamente assim que estou, e horrorizem-se burgueses hipócritas de plantão, em nenhum momento a competência é questionada ou o respeito colocado de lado, a imagem é apenas reflexo de uma mulher madura, que sabe exatamente o que quer, extremamente bem amada, e com uma puta segurança na sua estrada.
Não preciso me esconder atrás de um padrão de senhorinha comportada, ou sequer de mulher de meia idade bem casada, e acho sinceramente que os que insistem em agir assim serão eternamente e exatamente isto: seres medianos, com vidas medianas, amores medianos, trabalhos medianos, amigos medianos....
Descobri que quero mais, assumi que quero mais, e só ganhei, ganhei em auto estima, ganhei em respeito corporativo, ganhei em admiração profissional e pessoal e de quebra ainda perdi peso.. hohohohoho
 E quem venham as demais mudanças, estou aqui, pronta para recebe-las. Coerência? Apenas com meus princípios e não com cores de esmalte ou marca de absorvente. E a maior coerência que alguém que fez compromisso com a felicidade pode ter é assumir que mudar é maravilhoso, que mudar de opinião, estilo, religião, opção sexual, ou preferência culinária é algo que apenas os extremamente autênticos e verdadeiros são capazes de fazer

domingo, 4 de novembro de 2012

Por que eu queria ser apenas a sua Juliana e amenizar seus medos como sempre amenizou os meus.
                                     

                                        FELIZ ANIVERSÁRIO, meu primeiro e eterno amor!

sábado, 3 de novembro de 2012

Os heróis também sangram... e sé tornam super-heróis


Não estava pensando em passar por aqui estes dias, uma forte Pneumonia,devido a minha baixa imunidade estou tendo que me reacostumar  aos micro-organismos da capital, junto com a imensa tristeza de ver minha mãe amada, tão machucada pela doença novamente internada, fazem com que eu queira apenas ficar recolhidinha, quietinha no meu canto e lambendo as feridas para ver se ao menos param de sangrar...
Só que amanhã é o aniversário do homem mais fantástico que já conheci na vida, verdadeiro guerreiro que entregou sua vida para ver sua família sempre unida e feliz, que quando abatido por três doenças graves que abalariam a estrutura de qualquer mortal, fincou pé, decidiu que gosta pra caralho da vida e luta com cada molécula de seu corpo e alma para combate- las , dia-a-diae  a cada seca braba da capital dá uma banana para as perspectivas , prognósticos e o cacete a quatro e continua ali, em pé inabalável no seu amor  e dedicação por sua família.
Meu grande super-herói, meu primeiro, mais intenso e com certeza eterno amor...  Que hoje pela primeira vez na vida, me mostrou que os heróis também sofrem, que na verdade os heróis sofrem infinitamente mais que nós pobres e reles mortais, pois sofrem a sua dor, com a força daqueles que sabem que são esteio, que são fundação e que como tal não podem se abalar... Sofrem com a dignidade dos que sabem que não podem rachar, que mesmo no meio da tempestade causada pelo medo, pela iminência da separação do seu porto seguro... Se mantém inteiros...
Aos olhos de alguns pode parecer mera teimosia, não é...É apenas integridade. Que só a sombra no olhar e o tom de voz um tanto quanto mais grave denunciam o quando estão mortalmente Feridos....
 Pois é PAI, amanhã é seu aniversário e mais uma vez quem ganha o presente somos nós, seus filhos, genros e netos, Mais uma vez você nos presenteia com sua dignidade, força, com mais uma lição preciosa de lealdade e união... E só queria que você um dia soubesse o quanto eu me sinto abençoada, te ter você como pai....
E hoje ao ver a sombra da dor nos seus olhos, você se tornou o herói dos super-heróis... Me provou que até os heróis sangram, mas só os heróis mesmo no meio da dor e do medo mantém a grandeza de continuarem se doando e se mantendo firmes na certeza que só o amor e doação deles é capaz de aliviar a dor e o sofrimento dos que dele dependem ...
Pai, sei que é impossível que tenha um feliz aniversário, mas desejo de todo o coração que tua dor, seja amenizada e que teu coração continue belo e puro, apesar dos trancos que estão vindo pela frente.
 Te Amo, desde sempre e para sempre

terça-feira, 30 de outubro de 2012

15 Coisas irrelevantes sobre mim. Será?


E Daí que a minha amiga gostosa, linda e charmosa Mari Hart Salve Salve Dore do “Diário de uma mãe polvo”, convocou e mesmo tendo largado o blog a própria sorte, convocação da dona PolvA é ordem, então bora tirar a poeira, deixar a frescura de lado e entrar na brincadeira...

1) Amo andar DESCALÇA, e não tenho o menor problema em arrancar o sapato do pé para continuar dançando a noite inteira se assim meu pé o exigir, aliás, conheci meu marido descalça, no meio de uma festa e no dia seguinte ele quem lembrava que eu não havia perdido a sandália que amava, ela só estava jogada no porta malas do carro.

2) Amo dirigir, especialmente na estrada, e nada no mundo tem tanto poder de me relaxar quanto pegar uma estrada, mesmo que seja só pelo prazer de dirigir na estrada e almoçar na cidade vizinha.

3) Tenho verdadeira fobia de lagartixas, iguanas, calangos ou qualquer outra espécie de mini jacaré. Ok, sei que eles são legais mas petrifico aos berros ao avistar um.

4) Apesar de colecionar vícios, não sou fã de álcool. Adoro um chopp num fim de tarde quente, mas passo meses a fio sem nem lembrar que existe, e sou incapaz de confiar em quem não bebe NADA. NUNCA.

5) Sou perdidamente apaixonada pelo meu trabalho, nunca me imaginei sendo mãe/esposa/dona de casa 24 horas por dia e mesmo que eu ganhe na Mega na próxima quarta ainda assim não abrirei mão de trabalhar.

6) Sempre disse que não queria ter filhos homens, e apesar de hoje todo mundo afirmar que HL é meu dodói, continuo afirmando que não queria. Definitivamente NÃO sei ser mãe de MeninO e com certeza serei S-O-G-R-A.

7) Adoro lixo televisivo. E se existe algum programa brega na T.V pode ter certeza que assisto e não, não perderia um segundo da minha preciosa vida assistindo history channel ou algo do gênero.

8) Sou viciada em livros, e estou sempre lendo ao menos dois ao mesmo tempo. Mas prefiro ler bula de remédio à ler livro de Auto ajuda.

9) Adoro cozinhar, mas odeio cozinhar todo dia.

10) Adoro praia, mas odeio agua gelada, logo só entro no mar do Espirito Santo para cima.

11) Não gosto de ganhar flores, tenho agonia de programas ‘românticos’ e bicho de pelúcia é motivo para divorcio imediato. Me conquiste com humor ( será que meu cromossomo é XXY?)

12) Sou perdidamente apaixonada pela Bahia, e já pedi para um dia jogarem minhas cinzas sobre o Farol da Barra, mas me convide para passar carnaval em Salvador e ganhe uma inimiga por cinco encarnações.

13) Odeio o Natal, mas enfrento todo o corre e corre natalino com um sorriso bobo no rosto por acreditar que as crias merecem e precisam manter vivas as lendas natalinas...

14) Tenho 11 tatuagens, Adoro Mini Saia, Batom Vermelho, e lápis de olho preto, coleiras, caveiras e prata está sempre presente no meu dia a dia e tenho certeza que mesmo aos 80 me recusarei a me vestir como uma boa e educada senhorinha.

15) Sou infinitamente pior do que meus inimigos falam e exatamente do tamanho que meus amigos pensam.

E Vc? tem coisas irrelevantes? 

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Mando notícia pro povo de lá...

E neste mês de abandono ao mundo virtual, encerramos nossa aventura em solo Carioca e retornamos em definitivo à Brasília. Para variar um pouco, nada minuciosamente planejado, a necessidade surgiu e como realmente acredito que alguém lá em cima gosta de mim pra kct e que o cosmo sempre conspira para que as coisas realmente importantes aconteçam de forma natural para a turma do bem, foi exatamente assim que ocorreu.
Em menos de 20 dias conversamos sobre a necessidade de voltar, e o novelo simplesmente se desenrolou, em menos de uma semana tivemos todas as nossas necessidades resolvidas de forma absolutamente natural, bastava pensar em algo a resolver e em menos de 24 horas estávamos com a solução e assim a mudança ocorreu sem traumas.
As crias estão radiantes de terem os avós ao lado, a Zebra num chamego imenso em ter te volta o contato diário, como casal ainda mais unidos e com a certeza  de que sim, quando realmente queremos somos capazes do impossível.
 Fica a saudade do Rio, das amigas de verdade que ficaram em solo carioca, o chopp na lagoa no fim de tarde, mas sabemos que o que é de VERDADE, o tempo ou a distância não apagam e nas próximas férias estaremos por lá, bebendo chopp na lagoa, indo ao teatro cazamiga, e matando a saudade de toda a alegria que nossos quase 6 anos em solo carioca nos proporcionaram.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Brasília.....

Tô Voltando

Chico Buarque

Pode ir armando o coreto
E preparando aquele feijão preto
Eu tô voltando
Põe meia dúzia de Brahma pra gelar
Muda a roupa de cama
Eu tô voltando
Leva o chinelo pra sala de jantar
Que é lá mesmo que a mala eu vou largar
Quero te abraçar, pode se perfumar
Porque eu tô voltando
Dá uma geral, faz um bom defumador
Enche a casa de flor
Que eu tô voltando
Pega uma praia, aproveita, tá calor
Vai pegando uma cor
Que eu tô voltando
Faz um cabelo bonito pra eu notar
Que eu só quero mesmo é despentear
Quero te agarrar
Pode se preparar porque eu tô voltando
Põe pra tocar na vitrola aquele som
Estréia uma camisola
Eu tô voltando
Dá folga pra empregada
Manda a criançada pra casa da avó
Que eu to voltando
Diz que eu só volto amanhã se alguém chamar
Telefone não deixa nem tocar
Quero lá, lá, lá, ia, porque eu to voltando!

terça-feira, 4 de setembro de 2012

E desde de pequeno eles sofrem conosco.

Hugo ruinzinho assiste TV no Sofá da Sala, enquanto a mãe tenta preparar uma mandinga que faça o pequeno Escarlate comer...
O choro vem alto e sentido. Corro para acudir.
Filho, Couve? É a coceira? A garganta? A febre? tá doendo??????????????????
Não mãe!
Peloamordedeus menino fala o que é! desespera-se a pobre mãe....
É a Nine que fala demais... buáááááááááááááá

A Viagem, O Susto e A Escarlatina

Há algumas semanas estamos em contagem regressiva para a viagem a Brasília. Finalmente irei apresentar minha adorada seca aos pequenos, e a ansiedade de todos é visível. Serão dias ao lado da vovó e do vovô, intercalados com programas que prometo a séculos e nunca conseguimos fazer pois sempre vamos no período das chuvas: Nicolandia, Parque do foguete, e tapioca da torre. Programação típica de qualquer criança Brasiliense e que só quem correu no barro vermelho sabe o prazer que isto causa.
Sábado saímos para comprar coisinhas que faltavam e pimba, mesmo depois de anos de estrada ainda não aprendi que a maternidade é a arte de cuspir na cara, de ver seus planos irem rio abaixo, ou febre acima, e ainda achar tudo lindo e maravilhoso. HL começou a ficar molinho, parou de implicar com a irmã e no mercado não pediu para comprar Nutela, nem Kinder Ovo, Ops... Problemas a vista...
A Febre não cedia, os vômitos começaram, a cabeça doía e a mãe em pânico, desistiu de fazer o concurso do TCU e correu com moleque para o hospital... Primeiro atendimento e o hospital entra em polvorosa, a médica aposta todas as fichas em meningite,  corre e prepara um isolamento para o moleque, põe mascara, corre atrás da mocinha do laboratório que resolveu desaparecer... e enquanto meio hospital se mobilizava com medo de uma criança com meningite no meio de um PS lotado, moleque só conseguia chorar de medo e frustração. Como assim mãe? Vou ficar I-SO-LA-DO sozinho? Sem vocês? E a viagem? Eu quero ver a vovó... Eu quero ver a Zebra.... Buáááááááá.... E a Mãe em desespero segura o tranco e garante que tudo vai dar certo, e que NÃO, ela NUNCA o deixaria SOZINHO...
Resultado do exame: limítrofe, faz punção? E se não for? E se for? Chama outro médico para uma segunda opinião... As outras plantonistas não querem atender, tem filho pequeno em casa. Chama outra médica do andar.Reflexos? OK. Sem rigidez na Nuca. Testes neurológicos? OK... 80% de chance de Não ser meningite e a mãe finalmente volta a respirar... A medica do andar trabalha em hospital publico. É cascuda e sabe que o numero de casos de Escarlatina está elevado na cidade... Mas e Rash cutâneo? A doença só se manifestou às 24h. Cedo demais ainda. Voltem para casa, mantenham longe da irmã, e retorne em caso de piora ou amanhã cedo para novo hemograma.
Moleque não come, e a mãe mesmo sem ser católica já apelou para todos os santos e prometeu subir a escadaria da penha de joelhos por meia porção de sorvete... A noite chega e com ela aparece o Rash cutâneo... Epa, quem foi a irresponsável que deixou este moleque 98horas seguidas no sol escaldante sem protetor solar? A coceira incomoda e a mãe nunca ficou tão feliz em ter que medicar com antialérgico.
Amanhece e finalmente o diagnostico: SIM é Escarlatina Clássica, bora entrar no antibiótico e continuar com os planos para os dias de seca, afinal Candango Feliz racha o pé, sangra o Nariz e ainda declara: “ hoje tá tranquilo, temos 15% DE UMIDADE RELATIVA”
 Se vc tem filho pequeno e mora no Rio, fica atenta, Febre alta, Apatia, Vomito, pode ser escarlatina. Quer saber mais?

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Trabalhar fora resulta em mães mais felizes?

E Viajando um pouco pelo site da Istoé, me deparo com a matéria: Mãe que trabalham são mais felizes, http://www.istoe.com.br/reportagens/185626_MAES+QUE+TRABALHAM+SAO+MAIS+FELIZES?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage, e não posso negar que em um primeiro momento um sorrisinho de vitória surgiu no canto da boca. Era a comprovação de que não, eu não estou tão errada e sim, trabalhar fora faz um puta bem para mim e para os meus filhos.
 Não durou muito tempo, li a matéria, e concordo com quase tudo que está exposto. Eu mesma canso de afirmar que não me imagino sem meu trabalho e que viver sem uma empregada doméstica é sim uma das piores torturas que eu poderia ser submetida. Mas isto sou EU, o ESTILO de vida, de família e de criação de filhos que escolhi para MIM, e que realmente me satisfaz.
Entretanto tenho amigas, principalmente as aqui do Rio, que simplesmente OPTARAM por se dedicarem exclusivamente a criação dos seus filhos e organização de suas casas. E sinceramente não acredito que os filhos se orgulhem menos delas, ou que elas sejam menos felizes.
 Acho mesmo que o dilema não está entre trabalhar fora ou não, e sim entre TER OPÇÃO e poder VIVER a sua OPÇÃO. Esta é a chave da felicidade, sem ela inevitavelmente vem a insatisfação, vem a sensação de vazio e aí realmente ninguém consegue ser feliz, nem mães, nem filhos.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Gordofobia

Sim eu sou gordofóbica e sim eu ESTOU gorda! Na verdade mais próxima de uma orca do que de um ser humano, e por mais que eu me ame, é estranho ser gorda.
Na verdade me assusto cada vez que olho no espelho e me vejo gorda, sempre fui magra e acho que ainda é esta imagem mental que guardo e que me vem a mente cada vez que abro uma cocado, vicio do momento, sem um pingo de peso na consciência e sem nem ficar vermelha. Me assusto quando tento entrar em uma blusa e percebo que milagrosamente a diaba encolheu!
Sei que tenho que fazer algo a respeito, mas fazer o que se não consigo sobreviver sem minhas amadas cocadas, paçocas, quebra-queixo, Maria mole, Diamante Negro, ou seja lá qual for o vicio do momento. Abrir mão da Coca também é algo absolutamente fora de cogitação. Mudo para o Iraque e passo a vestir Burka, mas não abro mão da minha amada Coca, e não Coca Zero, NÃO É COCA DE VERDADE!
E Cada vez que alguém faz referência ao meu aumento de peso, fico logo encabulada... Ah, mas põe um prato de massa na minha frente e logo a minha autoimagem esquelética toma conta do cérebro e me jogo na lasanha, nhoque, macarronada, panqueca e ravióli como se não houvesse amanhã e eu ainda lutasse para ganhar míseros 100 gramos em meus parcos 52 kg.
Mas sim, eu continuo gordofóbica, tenho agonia com banhas, barrigas e flacidez. Acho desleixo e descaso, além de uma puta falta de vergonha na cara. Contraditório, Obvio que é! Mas não me venham falar em dieta, meu cérebro entrou em curto e não mais reconhece a diferença entre fome, ansiedade e cansaço... Para o Mané, qualquer das três opções se resolve facilmente com um belo escondidinho de carne e dois mega copos de Coca cola.
E como a minha vocação para bulimia é nenhuma, a alternativa que me resta é o balão intragástrico. A consulta está marcada, falta superar o medo da endoscopia e me jogar de volta ao mundo esquelético... Enquanto isto, sigo metendo o pau nos gordos ,sem nem ao menos ruborizar.
E não, não tenho um pingo de vergonha de ser preconceituosa e gordofóbica.
 

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Pai e Mãe... Ouro de Mina

Como falei ontem, sinto uma necessidade visceral de escrever, fazer brotar parte dos sentimentos que conflitam neste momento me fazer encontrar a força para não perder o foco nas decisões e mudanças que precisam ser efetuadas.
Mas hoje quando eu tentava me organizar para escrever, recebi este texto. E NADA do que eu possa escrever, falar ou pensar será tão significativo neste momento.

Martha Medeiros

Pais heróis e mães rainhas. Passamos boa parte da nossa existência cultivando estes estereótipos. Até que um dia o pai herói começa a passar o tempo todo sentado, resmunga baixinho e puxa uns assuntos sem pé nem cabeça. A rainha  começa a ter dificuldade de concluir as frases e dá pra implicar com a empregada. O que papai e mamãe fizeram para caducar de uma hora para outra? Fizeram 80 anos. ou 60 e são muito ranzinzas
Nossos pais envelhecem. Ninguém havia nos preparado pra isso. Um belo dia eles perdem o garbo, ficam mais vulneráveis e adquirem umas manias bobas.

Estão cansados de cuidar dos outros e de servir de exemplo: agora chegou a vez de eles serem cuidados e mimados por nós, nem que pra isso recorram a uma chantagenzinha emocional. Têm muita quilometragem rodada e sabem tudo, e o que não sabem eles inventam. Não fazem mais planos a longo prazo, agora dedicam-se a pequenas aventuras, como comer escondido tudo o que o médico proibiu. Estão com manchas na pele. Ficam tristes de repente. Mas não estão caducos: caducos ficam os filhos, que relutam em aceitar o ciclo da vida.

É complicado aceitar que nossos heróis e rainhas já não estão no controle da situação. Estão frágeis e um pouco esquecidos, têm este direito, mas seguimos exigindo deles a energia de uma usina. Não admitimos suas fraquezas, seu desânimo. Ficamos irritados se eles se atrapalham com o celular e ainda temos a cara-de-pau de corrigi-los quando usam expressões em desuso: calça de brim? frege? auto de praça? Em vez de aceitarmos com serenidade o fato de que as pessoas adotam um ritmo mais lento com o passar dos anos, simplesmente ficamos irritados por eles terem traído nossa confiança, a confiança de que seriam indestrutíveis como os super-heróis.

Provocamos discussões inúteis e os enervamos com nossa insistência para que tudo siga como sempre foi. Essa nossa intolerância só pode ser medo. Medo de perdê-los, e medo de perdermos a nós mesmos, medo de também deixarmos de ser lúcidos e joviais.

É uma enrascada essa tal de passagem do tempo. Nos ensinam a tirar proveito de cada etapa da vida, mas é difícil aceitar as etapas dos outros, ainda mais quando os outros são papai e mamãe, nossos alicerces, aqueles para quem sempre podíamos voltar, e que agora estão dando sinais de que um dia irão partir sem nós.
Façamos por eles hoje o melhor, o máximo que pudermos, para que amanhã quando eles já não estiverem mais aqui conosco, possamos lembrar deles com carinho, de seus sorrisos de alegria e não das lágrimas de tristeza que eles tenham derramado por nossa causa. Afinal, nossos heróis de ontem serão nossos heróis eternamente ...


Principalmente para quem tem a honra e o orgulho de ser filha do Mafioso Mor e da Rainha louca, louca, louca

terça-feira, 21 de agosto de 2012

nhando... do... Caminhando.... e o ciclo nunca para

Complicado escrever, são tantas as emoções e sentimentos misturados, que ao mesmo tempo em que a necessidade de escrever se torna visceral, não sei por onde começar ou mesmo qual delas vai predominar...

Há pouco conversava com uma amiga de trabalho e relatava que estou estranhamente calma, a ansiedade já não me domina e a raiva já não encontra lugar. É estranho descrever, não sei se conheço palavra capaz, talvez a mais apropriada fosse paz, mas também não é por que a paz traz junto consigo a alegria e ela neste momento não é uma das minhas maiores companheiras... Mas é uma paz, doída, triste, cheia de perguntas sem respostas, mas ainda assim PAZ...

Talvez, seja a tal da mansidão que nunca conheci, ou ainda o acolhimento das minhas preces e eu finalmente esteja apenas compreendendo a diferença entre as coisas que posso e das que eu não posso mudar, ou talvez eu nunca encontre uma resposta para definir este período.

Só sei que é este sentimento que me impulsiona a superar o medo, e a seguir em frente, batalhando pelas mudanças que eu julgo necessárias neste momento. por mais que elas sejam meus maiores monstros debaixo da cama e eu já não tenha mais idade, nem cara de pau de ir me esconder dentro do armário dos velhos.
 E que foi este sentimento que dominou e expulsou a raiva, a revolta e a incompreensão. E é ele quem me ajuda a sorrir, a mesmo no meio da dor encontrar e reconhecer todos os dias momentos felizes, e ele quem me transforma em Poliana e inacreditavelmente me faz acreditar que é incrível ver que a vida é bela apesar das mazelas...

Virei boazinha? NUNCA! Mas certamente compreendi que é através da aceitação que encontramos força para vencer as maiores batalhas.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Caminhando...Caminhando...Caminhando...Cami....

Momentos de triste reflexão. E nesta hora em que temos que pesar, medir, ponderar. É quando realmente percebemos que a força é um dom inerente do Ser Humano, que todos temos, e que sim, não temos a escolha de não usá-la... Ela brota do amâgo e por mais dilacerado e amedrontado que estejamos, não conseguimos recuar, ela nos impulsiona, temos que agir e encaramos a luta de peito aberto, cabeça erguida e uma força e valentia, que nunca imaginamos que pudesse existir.

Espero, que esta mesma força, me leve a tomar as atitudes corretas, que minha intuição não me abandone e principalmente que o universo facilite a concretização das decições.

Está doendo? Insuportavelmente. 
Estou quebrada? Completamente. 
Estou com medo? Apavoradamente.

 Mas sei que hoje a maior luta não é mais na esperança de vencer o inimigo, minha luta hoje, é admitir que mais uma vez esta doença maldita me venceu, que mais uma vez esta doença maldita destroí alguem que amo e me destroça, Minha luta hoje é aprender a perder com dignidade, E lutar para que quem eu tanto amo não seja consumido de forma desumana... E Cuidar de quem como eu está destroçado, e principalmente fornecer a quem amo a certeza que os amores dela serão imensamente bem cuidados.

 E hoje não dá mais para falar nada, quero apenas seguir, prosseguir e retirar as lições que meu maior inimigo pode me oferecer...Por que Sim, ele pode ter me vencido novamente, mas não, ele NUNCA vai me destruir.

Sonho Impossível
Maria Bethânia
Sonhar mais um sonho impossível 
Lutar quando é fácil ceder
Vencer o inimigo invencível
 
Negar quando a regra é vencer
Sofrer a tortura implacável
Romper a incabível prisão
Voar num limite improvável
Tocar o inacessível chão
É minha lei, é minha questão
Virar esse mundo, cravar esse chão
Não me importa saber
Se é terrível demais

Quantas guerras terei que vencer
Por um pouco de paz
E amanhã se esse chão que eu beijei
For meu leito e perdão
Vou saber que valeu
Delirar e morrer de paixão 
E assim, seja lá como for
Vai ter fim a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor
Brotar do impossível chão