Atendendo a convocação da Ingrid Strelow do Blog Desconstruindo a Mãe, hoje parei para lembrar com carinho da minha Infância.
Fui criança nos anos 70 inicio dos 80... e por mais que eu tenha lembranças maravilhosas da minha infância duas me perseguem e me mostram até hoje que desde sempre fui esta criatura meiga e briguenta que sou até hoje.
A primeira estou de cavalinho nos ombros do meu pai, tinha acabado de assistir Pluft o fantasminha e tomava uma garrafa de BIDU, o precursor da Fanta uva. É até hoje é nítida a sensação de segurança e poder que aqueles ombros me transmitiam.
A outra tinha acabado de aprender a andar de bicicleta há pouco, era uma fedelha de quase 7 anos, mamãe estava chegando em casa do trabalho e me pega pulando a casa de um vizinh o que era no mínimo o triplo do meu tamanho. Ao ser questionada sobre o que eu estava fazendo de pronto foi surpreendida com minha resposta: nada não mãe, só vou ali quebrar a cara deste moleque FDP que acabou de xingar você. Não dei tempo nem de ela poder responder, entrei lá enchi a cara do moleque de sopapos levei meu quinhão de mordidas e saí de lá com a alma leve e o coração em paz.
Assim foi a minha infância sempre encontrando aconchego nos braços dos meus pais, você para curar um machucado e não foram poucos, só para exemplificar meu pai era diretor administrativo do maior hospital de Brasília e chegou a um ponto que no PS ele era só o Pai da Beta e não o DR.Berrondo e não foram poucas as vezes que mamãe largou a sala de aula para ir socorrer a filha que tinha quebrado o cotovelo, cortado a cabeça, caído de Bicicleta ou de cima de uma arvore de cabeça no chão. Ou aconchego para espantar o monstro do escuro, preparar o remédio milagroso de agua com açúcar que curava todos os meus medos, ou simplesmente ficar abraçados quando o bicho pegava feio...
Minha infância teve arvore, bicicleta, bet, voley na rua, pique pega , pique esconde e pique bandeira, quase nenhuma TV mas muito mingau de farinha láctea, macarrão ao alho e óleo preparado por papai aos domingos acompanhado da melhor limonada suíça do mundo. E especialmente muito amor, carinho e proteção.
E hoje como mãe, espero chegar ao menos aos pés do que foram os meu Pais: Carlos Berrondo e Antonieta Berrondo. Literalmente tudo que sou devo e agradeço a vocês
Amiga,q lindo,tô aqui imaginando vc socando a cara do muleque,rsrsrsrsrs...viajei mesmo...
ResponderExcluirAgora q água com açucar e um beijinho resolviam tudo era a pura verdade...agora ñ podemos dar pra ñ terem cárie e nem ficarem gordos...é ruim,hein?sábado mesmo dei ao Dan depois q ele brincando com os primos de meus pintinhos venham cá,meteu a cara na coluna da área tentando pegar a irmã...pior q uma vez eu fui fazer isso e nervosa coloquei sal no lugar do açucar...kkkkkkquase matei a criança...kkkkk culpa da sogra q bota tudo em potes com tampa verde...kkkkkkkkkbjs, e adorei suas memórias...sempre doces e alegres esse tempo infantil...
Que lindo Beta! =))) Arrepiei com esse final! Meu sonho é ouvir isso de meus filhos um dia!
ResponderExcluirBeijão!
Roberta, me fizeste rir e lembrar muito nitidamente da única briga em que me meti na infância (a ponto de sair na porrada): minha mãe também foi ofendida e ninguém jamais chamaria minha mãe de puta!!! Logo eu, uma baita nádegas flácidas, avisei pra uma de minhas grandes amigas - cujo apelido era CHINA-PAU -, que já tinha surrado até pessoal de segundo grau da escola: - Te prepara, no recreio eu acabo contigo!
ResponderExcluirLembro de um colega ter me dito, já na oitava série, que foi a primeira briga de guria que ele viu em que rolou soco na cara. Engraçado que em colégio de freiras isso tenha acontecido e as freiras nem tenham chegado perto de mim!
Sangue quente e faca-na-bota, essa sou eu mesma, especialmente pra defender a família.
Fico pensando que justamente isso nos guia: o exemplo de segurança, retidão, de caráter, de ser pai e mãe envolvidos na educação dos filhos o que nos inspira a sermos quem somos hoje.
Obrigada, tua participação fez diferença pra mim, especialmente sabendo que estás num momento tão delicado.
beijo,
Ingrid
Roberta, sensacional!
ResponderExcluirA frase que fecha teu post resume tudo!!!
Sem eles, não seríamos nada. E, com certeza, na nossa geração, lutaram bem mais do que a gente luta.
Paulo
incubandoideias.blogspot.com