quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

E Agora? será que ainda é tempo de amar?

Hoje acordei pensando em escrever sobre a regressão que HL anda apresentando, praticamente não come mais e voltou a usar chupetas para tudo, chegando ao ponto de quase ter que sair depois das 22:00h para ir a farmácia pois ele não encontrava a bendita e não conseguia dormir mas logo cedo, recebi um email lindo da Eliana Furlan e em seguida caí em prantos com a linda carta escrita pela minha irmã do coração Mari Hart pensei em toda a leviandade que as relações estão tendo e que me incomoda muito e isto me fez pensar e repensar e pensar novamente em todo o turbilhão de coisas e sentimentos que tenho vivido desde Dezembro quando me separei.
Sempre fui uma criatura contraditória, extremamente liberal para algumas coisas, extremamente conservadora para outras, mas que no fundo sempre acreditou e pregou que as pessoas tem apenas a obrigação de serem felizes, independente de certos ou errados, o que por sinal acho absolutamente subjetivo. Mas uma coisa que sempre ME incomodou foi à superficialidade das relações modernas, tudo é muito descartável, muito provisório e as pessoas se cansam com uma facilidade fora do comum umas das outras... Ao primeiro sinal de crise a palavra separação aparece como ÚNICA alternativa, e vem todo um blablabla pronto que realmente me deixa sonolenta: “ VC deve Pensar em VC”; “As crianças estarão bem se VC estiver bem”; “Parte para outra”... Agora pera lá meu povo, onde foi parar duas palavrinhas simples como: TOLERANCIA e RESPONSABILIDADE? Quando nos casamos com alguém não somos mais apenas EU, passamos a ser NÓS, e temos sim responsabilidade com esta outra pessoa; Os filhos  são uma responsabilidade do casal, e a felicidade deles pode até depender da felicidade de ambos os pais, mas e a segurança emocional? Quando decidimos ter filhos realmente continuamos com o direito de pensar primeiro em nós?  Será que não nos tornamos muito pouco tolerante com os defeitos de quem amamos?Juro que não sei...
Claro que antes de decidir me separar pensei demais, relutei muito, pesei tudo, mas hoje sinceramente começo a me perguntar se realmente este é o melhor caminho... Claro que meu ex teve falhas serias e graves, claro que dei inúmeras chances para ele mudar determinados comportamentos e em boa parte das vezes ele as desperdiçou, mas, tudo na vida sempre tem um mas... Não posso negar que sou carne de pescoço, teimosa, geniosa e mandona... Como também não posso negar que nossa relação teve muito mais momentos bons do que ruins.
Ficamos juntos durante mais de 7 anos, neste período mudamos de cidade 4 vezes, enfrentamos doenças graves na família de ambos, falta de grana, ele se afastou completamente da irmã que insistia em não me respeitar, 2 filhos, minha doença, problemas com a zebra e sempre acima de qualquer coisa : Fomos Companheiros! Mesmo quando o mundo parecia ruir e tudo parecia estar contra, um era o muro de arrimo do outro.  E tenho plena consciência que só superamos tudo que passamos, que só saímos inteiros e fortalecidos de todas as batalhas dos últimos 7 anos, por sempre ter contado com o apoio incondicional do outro. E SIM, isto pesa demais... Talvez esta seja à base de um relacionamento verdadeiro, companheirismo e confiança...
 Não sei, a magoa pela ultima briga ainda é grande, a raiva por o ver repetir comportamentos que racionalmente ele SABE que são errados, mas que estão profundamente arraigados em sua personalidade por conta do tipo de educação repressora que teve, também me incomoda muito... Mas consigo começar a ver o problema de forma menos passional, e principalmente menos sexista... Ainda não sei se vale a pena tentar novamente, tenho apenas a certeza que não vale tentar nas mesmas bases, concessões obrigatoriamente teriam que ser feitas de ambos os lados, mas não com a visão de quem pode mais... Quem dobrou quem... Concessões que teriam que ser feitas em nome do amor, do companheirismo e da família que criamos juntos, não dá para voltar a estaca zero, ou ao ponto onde paramos, se esta for a opção terá que ser em outras bases sobre o mesmo alicerce...O Tempo dirá!

9 comentários:

  1. É exatamente assim que eu penso!
    Acho muito nobre dar a 2ª ou 3ª chance àquele que passou por tantas coisas juntos.
    E é como meu marido sempre fala, quando um barco está naufragando, a pior coisa que vc pode fazer é pular fora do barco, pois com certeza pode parecer certo, mas a possibilidade de afogamento e congelamento é muito grande, vê-se a tragédia que aconteceu com o navio lá na Itália…
    Então se vc está em dúvidas dê sim mais uma chance! Não pule do barco e converse com seu companheiro para não pular também, e quem sabe JUNTOS poderão impedir esse naufrágio e viverem uma vida plenamente feliz!
    Estou na torcida por vc e se precisar é só me escrever.

    Bjos
    Elaina Furlan
    http://www.vidademae.net/

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  2. 7 anos não são 7 dias, então essa dúvida é normal, já passei por isso e, o que fizemos foi dar um tempo... ficamos 1 mÊs sem nos ver, só nos falando Às vezes pelo telefone. Sofri virada no saci, mas acabou sendo bom p/ o nosso casamento! porque nesse tempo separados pudemos perceber a falta que um fazia p/ o outro e, também pudemos enxergar os problemas de uma forma mais realista e menos passional. Quando nos reencontramos, conversamos bastante e resolvemos voltar, mas fizemos um acordo e até hoje ambos cumprimos. O acordo foi sobre as coisas que ele tinha que mudar e as coisa que eu tinha que mudar... colocamos em pratos limpos tudo o que nos incomodava. P/ nós funcionou, ninguem quebrou o acordo até hoje ( 4 anos depois da separação). Agora, claro, que para dar certo, os dois tem que concordar em mudar no que faz o outro infeliz e em ceder quando for necessario. Os dois tem que entrar de cabeça e de coração aberto p/ mudanças na reconciliação senão não rola e, pode até piorar aconvivencia, porque se ninguem ceder e nem mudar, os prolemas continuarão os mesmos e podem até aumentar.
    Bom, já falei demais, isso foi algo que eu fiz e que p/ mim deu certo, mas quer saber a verdade? não escute ninguem, só escute seu coração e faça o que achar certo p/ você e p/ sua familia. Seja feliz com ele de volta ou não, isso é que importa de verdade!
    beijão sua linda!
    Amanda Luna
    www.sermulhereomaximo.com.br

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  3. Vc falou tudo. Por mais clichê que possa parecer, é a mais pura verdade: o tempo é o senhor da razão!

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  4. Beta, são muitos os questionamentos...muitas as dúvidas... e todo mundo tem um discurso e uma frase pronta,mas só sabe quem tá dentro do rolo...
    Que Deus possa te guiar e orientar e te dê sabedoria para fazer tudo e decidir tudo...Grande bj!!
    A Elaina é uma flor,ela tava no mega chá...adorei ela, calminha...Bjs!!!

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  5. Concordo com a Elaina, se existe dúvida, não dá para abandonar o barco.
    Concordo também com a Amanda "os dois tem que entrar de cabeça e de coração aberto para as mudanças na reconciliação".
    E como você mesmo colocou Roberta "Não posso negar que sou carne de pescoço, teimosa, geniosa e mandona.".
    Logo, sejam quais forem os termos e acordos, tem que ser cumpridos por ambos os lados, não pode ser como em outras vezes em que um lado cumpriu e o outro esboçou cumprir e depois desistiu. Fato este que leva ao questionamento de se valeu mudar, e logo a parte que mudou acaba desfazendo a mudança. Tem que ser um coisa conciente de ambos os lados, e não uma lado como pensamento de "não vou me submeter" ao outro.
    Que Deus guie para o melhor caminho, já que disposição existe de ambas as partes.

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  6. Penso bem como a Ro... só quem sabe são vcs dois! Não há fórmula! Só vcs poderão dizer! E acho que vcs são grandes o bastante, adultos, construíram sim uma família e tem base o suficiente para saber que caminho seguir. Se juntos, ou o camonho oposto. Seja ele qual for, estarei SEMPRE te apoiando e jamais te julgarei por nada. Tô contigo e acredito sempre no amor! =)
    Muitos beijos!

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  7. Oiee,

    Nem sei o que comentar, sinceramente está é uma situação muito complicada!
    Escolher entre o amor próprio e o amor pelo filhos é muito cruel!!
    Ás vezes, um casal não funciona como casal mas, funciona como pais,e aí? Esquecer o amor entre os dois e pensar no amor da família? Omitir medos, incertezas, mágoas em nome do amor pela família?
    Ou pensar em si, em ser feliz e acreditar que deste jeito todos ficarão felizes??
    Realmente é muito complicado!!
    A primeira certeza voce já tem: o importante é ser feliz, se isto significa perdoar e voltar atrás, que assim seja!
    Acho q um relacionamento deve ser bom para todos os lados, uma família só funciona se TODOS estiverem de acordo e felizes, apenas 2 felizes e o resto triste não dá certo não!
    Desculpa se te confundi ainda mais ao invés de ajudar mas, realmente não sei mesmo como eu agiria!
    Muita sorte, muita força e muita luz para os seus pensamentos e decisões!!

    Bjos!

    Loreta#amigacomenta;)
    @bagagemdemae
    www.bagagemdemae.com.br

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  8. Li tudo e pensei muito em tudo que você disse. Acho que vc está certa, o tempo vai ser muito bom para avaliar o que vale e o que não vale. E se vocês sempre foram muro de arrimo um do outro... isso é tão bom, tão importante! Quando falta companheirismo a coisa desaba de tal forma, pois o peso fica nas costas só de um, é muito brabo de encarar e vai cansando, cansando...

    Achei bonito o que a Loreta disse: "Ás vezes, um casal não funciona como casal mas, funciona como pais"

    Estou torcendo por você!

    Beijos
    Tati
    Mulher e Mãe
    #amigacomenta

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  9. Beta, também me incomoda essa superficialidade. Acho que quando decidimos viver junto de outra pessoa e estabelecer com ela uma relação de amor e companheirismo, cabe a nós lutar para manter essa relação. Não gosto dessa mentalidade de que o importante é ser feliz e o outro que se exploda. Acho que devemos sim buscar a felicidade juntos, tentar de todas as maneiras resolver as crises. Mas existem casos em que tudo já foi tentado, tudo já foi feito e mesmo assim, não dá certo. Nesses casos, é preciso pensar antes de tudo em si mesma. Os filhos são um reflexo de nós e serão mais ou menos afetados de acordo com a nossa postura. É natural eles sentirem a falta do pai, mas as coisas se ajeitam com o tempo. Mas voltar com o teu marido por causa dos teus filhos é um erro. Se tiver que voltar, que seja por você, pelo amor que ainda sentes e pela disposição dele em merecer uma nova chance. Filho não segura casamento. E um casamento ruim,cheio de brigas e de desrespeito é um ambiente muito pior para os filhos. Dá um tempo. Avalia bem. Mantenha a cabeça em ordem e não fraqueje por carência. Depois de um tempo e uma certa distância dos últimos acontecimentos, vc verá as coisas com mais clareza. E aí poderá decidir o que fazer. Independente de viverem juntos, vcs são pais e os pais serão sempre os pais. Terão que conviver e acostumar-se com essa nova realidade, ou então decidir que o melhor é estaarem juntos e enfrentarem esse período juntos. Mas faça o que vc fizer, faça pensando que vc deve estar convicta para que seus filhos entendam e te apoiem.

    Beijos

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Apesar de falar mais do que o homem da cobra, adoro quando vc também consegue falar! Então saí da moita e Pitaca a vontade...