E na noite de quarta-feira três prédios desabam no coração do centro do Rio de Janeiro, a musiquinha do Plantão do Jornal Nacional alerta que algo aconteceu no país, acompanho perplexa a notícia, os prédios se localizam na rua paralela a do meu trabalho, corro para a internet, quero notícias dos conhecidos e amigos que podiam estar passando na região, tento localizar quais foram os prédios, a empresa em que trabalho possuí uma Fabrica de Software na rua do desabamento... Um amigo querido passou pelo local 15 minutos antes, graças a Deus todos os conhecidos estão bem... Mas a indignação não para... Só cresce!
Manhã de Quinta dia 26 de Janeiro, chego para trabalhar e ao sair do metro da Cinelândia, ao longe já avisto um verdadeiro cenário de guerra, a fumaça e a poeira tomam conta de toda a região, a defesa civil, bombeiros, guarda Municipal, ambulâncias, jornalistas tomam a região... É triste ver, não é mais uma notícia no jornal, é a minha realidade, está ali, palpável, sinto o cheiro da tragédia...No meio da manhã já encontraram 5 corpos e um prédio da rua onde trabalho é interditado pela defesa civil. Trabalhamos tensos, com medo, dentro do prédio é possível sentir o cheiro da fumaça e a poeira que insiste em entrar pelo ar condicionado e nos impede de esquecer que a metros de nós o caos está instalado.
E a revolta começa a tomar vulto, este não foi apenas um acidente, foi mais uma consequência do descaso com a vida humana, mais uma consequência de viver no país do ‘jeitinho’ onde alvarás são concedidos em troca de 30 moedas, mais uma tragédia anunciada como a do restaurante que explodiu também no coração do centro do rio de Janeiro em 13/10/2011 . Graças a Deus ambos os casos aconteceram em horário de pouco movimento, um antes das 8 da manhã e outro por volta das 20:30, mas o que iremos esperar para cobrar seriedade neste país, que outra tragédia como estas ocorro às 16h? Com o centro fervilhando de gente e os prédios cheios de trabalhadores? O que mais é preciso para quem enfim o Brasileiro acorde e perceba que NÃO DÁ MAIS para viver no país do jeitinho e da propina? E isto meu caro amigo só depende de nós, de mim e de você, também somos nós quem alimentamos esta industria de tragédias anunciadas, por ação ou na maioria das vezes por OMISSÃO, mas somos SIM tão responsáveis quando o dono do restaurante que deu 30 moedas para o fiscal da prefeitura, quanto o fiscal da prefeitura que recebeu 30 moedas, quanto o engenheiro que recebeu 30 moedas para assinar uma reforma que não viu nem a cara, ou o dono do prédio que pagou 30 moedas ao engenheiro... Sim, as nossas mãos também estão sujas com o sangue destas vitimas. Chega! Passou da hora de exigirmos um país sério e uma cidade SEGURA!
fotos tiradas dia 26?01 pela manhã por colegas de trabalho
PS : Fica a nota do meu apreço pelo prefeito Eduardo Paes, que como em todas as outras tragédias que afetaram nossa cidade esteve presente, chamou para si a responsabilidade e colocou sua cara a tapa acompanhando na linha de frente todo o desenrolar das tragédias cariocas.
Triste mesmo saber que tanta gente conhecida podia estar por ali...
ResponderExcluirÉ, não é fácil ver algo assim perto da gente!
ResponderExcluirConcordo com vc e tudo tem q começar por nós mesmos, 1 por 1; mesmo que a gente pense q é pouco.
É uma tristeza né?
Fique bem!
Bjs!
#amigacomenta
É difícil ver uma tragédia assim perto da gente né?
ResponderExcluirConcordo com vc e temos q começar por nós mesmos, 1 por 1 mesmo quando pensamos que é pouco. Temos que dar exemplo.
Triste né?
Fique bem.
Beijos
#amigacomenta