sexta-feira, 22 de junho de 2012

Enfim 39


E enfim chegou o 3.9!!!! Não foi fácil... 3.8 foi sabatico, ano de aprendizado, de desafios, de superação, mas principalmente de descobertas e de Redescobertas... Passou e cheguei aos 39 em paz,  feliz, com a certeza dos caminhos que escolhi e trilhei e principalmente com a segurança de estar sempre cheia de perguntas e de trocá-las conforme a vida corre.


Aprendi a lidar com o medo, aprendi a conviver diariamente com o medo de perder minha mãe, meu alicerce e porto seguro e de quebra segurar a onda da distância. Aprendi a ser mãe de ma zebra mulher, determinada, nem sempre certa, nem sempre errada, mas determinada a lutar pelos seus desejos. Aprendi a trabalhar sem paixão e que fazer isto me fazia muito mal. E que não, NÃO vale à pena.  Muitas pessoas chegaram, algumas partiram e eu verdadeiramente lamentei;  Outras tantas ‘eu parti’ e dei gazadeus e a minha pulga amestrada também chamada intuição; E as que realmente valiam a pena, criaram raízes e deixaram marcas profundas de amizade e companheirismo. Aprendi a solidificar amizades que a distância física muitas vezes deixa cair na monotonia e Ganhei de presente do Cosmos o retorno de outras que foram fundamentais para que hoje eu seja quem sou, e que a vida tinha traçado caminhos alternativos. E principalmente aprendi que NÃO VALE A PENA se encaixar em padrões, que não fui uma criança boazinha, nem uma adolescente comportada, ou uma jovem adulta recatada e que NÃO, NÃO quero ser uma senhoUra decente. Quero apenas ser este ser, mutante, decidido, que simplesmente se joga e depois corre atrás para aprender a nadar no meio da correnteza.


Chorei pra cacete, Sofri pra cacete, MAS, VALEU A PENA, Cheguei aos 39 com plenitude, paz, alegria e leveza... Claro que como todo mundo tenho problemas, meu Pai herói, Édipo explica, continua sendo doente crônico; Minha linda mãe, está com o câncer sob controle, mas ainda na batalha contra esta doença cruel; Continuo no eterno alerta de manter o Sjogren sob controle; Tenho todas as atribulações de mãe de três, sendo que minha Zebra está lá longe e que não sentir o cheiro dela todos os dias faz uma falta do caralho; Atribulações no trabalho; Conflitos no casamento; Estou sendo basicamente a única fonte real de renda da casa; Mas aprendi que são atribulações que temperam as conquistas e que o sofrimento é opcional e que NÃO, não quero mais ele na minha vida e aí, aprendi a ligar o FODA-SE. Na verdade já deixei o botão no automático e parei de teorizar, de analisar de psicologiar e passei a VIVER...


E então chegou o 3.9, e tô aqui, me atirando de cabeça, pronta para as alegrias e dissabores que ele me guarda e com a certeza de que sim, ele também valerá muito a pena.


Um comentário:

  1. Isso aí, amiga.
    A cada ano de vida, a gente aprende mais um pouco sobre quem é, o que faz e não faz bem, do que é ou não capaz.
    E aos poucos vamos até aprendendo a agir de acordo.
    Beijo!

    ResponderExcluir

Apesar de falar mais do que o homem da cobra, adoro quando vc também consegue falar! Então saí da moita e Pitaca a vontade...