terça-feira, 28 de agosto de 2012

Trabalhar fora resulta em mães mais felizes?

E Viajando um pouco pelo site da Istoé, me deparo com a matéria: Mãe que trabalham são mais felizes, http://www.istoe.com.br/reportagens/185626_MAES+QUE+TRABALHAM+SAO+MAIS+FELIZES?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage, e não posso negar que em um primeiro momento um sorrisinho de vitória surgiu no canto da boca. Era a comprovação de que não, eu não estou tão errada e sim, trabalhar fora faz um puta bem para mim e para os meus filhos.
 Não durou muito tempo, li a matéria, e concordo com quase tudo que está exposto. Eu mesma canso de afirmar que não me imagino sem meu trabalho e que viver sem uma empregada doméstica é sim uma das piores torturas que eu poderia ser submetida. Mas isto sou EU, o ESTILO de vida, de família e de criação de filhos que escolhi para MIM, e que realmente me satisfaz.
Entretanto tenho amigas, principalmente as aqui do Rio, que simplesmente OPTARAM por se dedicarem exclusivamente a criação dos seus filhos e organização de suas casas. E sinceramente não acredito que os filhos se orgulhem menos delas, ou que elas sejam menos felizes.
 Acho mesmo que o dilema não está entre trabalhar fora ou não, e sim entre TER OPÇÃO e poder VIVER a sua OPÇÃO. Esta é a chave da felicidade, sem ela inevitavelmente vem a insatisfação, vem a sensação de vazio e aí realmente ninguém consegue ser feliz, nem mães, nem filhos.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Gordofobia

Sim eu sou gordofóbica e sim eu ESTOU gorda! Na verdade mais próxima de uma orca do que de um ser humano, e por mais que eu me ame, é estranho ser gorda.
Na verdade me assusto cada vez que olho no espelho e me vejo gorda, sempre fui magra e acho que ainda é esta imagem mental que guardo e que me vem a mente cada vez que abro uma cocado, vicio do momento, sem um pingo de peso na consciência e sem nem ficar vermelha. Me assusto quando tento entrar em uma blusa e percebo que milagrosamente a diaba encolheu!
Sei que tenho que fazer algo a respeito, mas fazer o que se não consigo sobreviver sem minhas amadas cocadas, paçocas, quebra-queixo, Maria mole, Diamante Negro, ou seja lá qual for o vicio do momento. Abrir mão da Coca também é algo absolutamente fora de cogitação. Mudo para o Iraque e passo a vestir Burka, mas não abro mão da minha amada Coca, e não Coca Zero, NÃO É COCA DE VERDADE!
E Cada vez que alguém faz referência ao meu aumento de peso, fico logo encabulada... Ah, mas põe um prato de massa na minha frente e logo a minha autoimagem esquelética toma conta do cérebro e me jogo na lasanha, nhoque, macarronada, panqueca e ravióli como se não houvesse amanhã e eu ainda lutasse para ganhar míseros 100 gramos em meus parcos 52 kg.
Mas sim, eu continuo gordofóbica, tenho agonia com banhas, barrigas e flacidez. Acho desleixo e descaso, além de uma puta falta de vergonha na cara. Contraditório, Obvio que é! Mas não me venham falar em dieta, meu cérebro entrou em curto e não mais reconhece a diferença entre fome, ansiedade e cansaço... Para o Mané, qualquer das três opções se resolve facilmente com um belo escondidinho de carne e dois mega copos de Coca cola.
E como a minha vocação para bulimia é nenhuma, a alternativa que me resta é o balão intragástrico. A consulta está marcada, falta superar o medo da endoscopia e me jogar de volta ao mundo esquelético... Enquanto isto, sigo metendo o pau nos gordos ,sem nem ao menos ruborizar.
E não, não tenho um pingo de vergonha de ser preconceituosa e gordofóbica.
 

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Pai e Mãe... Ouro de Mina

Como falei ontem, sinto uma necessidade visceral de escrever, fazer brotar parte dos sentimentos que conflitam neste momento me fazer encontrar a força para não perder o foco nas decisões e mudanças que precisam ser efetuadas.
Mas hoje quando eu tentava me organizar para escrever, recebi este texto. E NADA do que eu possa escrever, falar ou pensar será tão significativo neste momento.

Martha Medeiros

Pais heróis e mães rainhas. Passamos boa parte da nossa existência cultivando estes estereótipos. Até que um dia o pai herói começa a passar o tempo todo sentado, resmunga baixinho e puxa uns assuntos sem pé nem cabeça. A rainha  começa a ter dificuldade de concluir as frases e dá pra implicar com a empregada. O que papai e mamãe fizeram para caducar de uma hora para outra? Fizeram 80 anos. ou 60 e são muito ranzinzas
Nossos pais envelhecem. Ninguém havia nos preparado pra isso. Um belo dia eles perdem o garbo, ficam mais vulneráveis e adquirem umas manias bobas.

Estão cansados de cuidar dos outros e de servir de exemplo: agora chegou a vez de eles serem cuidados e mimados por nós, nem que pra isso recorram a uma chantagenzinha emocional. Têm muita quilometragem rodada e sabem tudo, e o que não sabem eles inventam. Não fazem mais planos a longo prazo, agora dedicam-se a pequenas aventuras, como comer escondido tudo o que o médico proibiu. Estão com manchas na pele. Ficam tristes de repente. Mas não estão caducos: caducos ficam os filhos, que relutam em aceitar o ciclo da vida.

É complicado aceitar que nossos heróis e rainhas já não estão no controle da situação. Estão frágeis e um pouco esquecidos, têm este direito, mas seguimos exigindo deles a energia de uma usina. Não admitimos suas fraquezas, seu desânimo. Ficamos irritados se eles se atrapalham com o celular e ainda temos a cara-de-pau de corrigi-los quando usam expressões em desuso: calça de brim? frege? auto de praça? Em vez de aceitarmos com serenidade o fato de que as pessoas adotam um ritmo mais lento com o passar dos anos, simplesmente ficamos irritados por eles terem traído nossa confiança, a confiança de que seriam indestrutíveis como os super-heróis.

Provocamos discussões inúteis e os enervamos com nossa insistência para que tudo siga como sempre foi. Essa nossa intolerância só pode ser medo. Medo de perdê-los, e medo de perdermos a nós mesmos, medo de também deixarmos de ser lúcidos e joviais.

É uma enrascada essa tal de passagem do tempo. Nos ensinam a tirar proveito de cada etapa da vida, mas é difícil aceitar as etapas dos outros, ainda mais quando os outros são papai e mamãe, nossos alicerces, aqueles para quem sempre podíamos voltar, e que agora estão dando sinais de que um dia irão partir sem nós.
Façamos por eles hoje o melhor, o máximo que pudermos, para que amanhã quando eles já não estiverem mais aqui conosco, possamos lembrar deles com carinho, de seus sorrisos de alegria e não das lágrimas de tristeza que eles tenham derramado por nossa causa. Afinal, nossos heróis de ontem serão nossos heróis eternamente ...


Principalmente para quem tem a honra e o orgulho de ser filha do Mafioso Mor e da Rainha louca, louca, louca

terça-feira, 21 de agosto de 2012

nhando... do... Caminhando.... e o ciclo nunca para

Complicado escrever, são tantas as emoções e sentimentos misturados, que ao mesmo tempo em que a necessidade de escrever se torna visceral, não sei por onde começar ou mesmo qual delas vai predominar...

Há pouco conversava com uma amiga de trabalho e relatava que estou estranhamente calma, a ansiedade já não me domina e a raiva já não encontra lugar. É estranho descrever, não sei se conheço palavra capaz, talvez a mais apropriada fosse paz, mas também não é por que a paz traz junto consigo a alegria e ela neste momento não é uma das minhas maiores companheiras... Mas é uma paz, doída, triste, cheia de perguntas sem respostas, mas ainda assim PAZ...

Talvez, seja a tal da mansidão que nunca conheci, ou ainda o acolhimento das minhas preces e eu finalmente esteja apenas compreendendo a diferença entre as coisas que posso e das que eu não posso mudar, ou talvez eu nunca encontre uma resposta para definir este período.

Só sei que é este sentimento que me impulsiona a superar o medo, e a seguir em frente, batalhando pelas mudanças que eu julgo necessárias neste momento. por mais que elas sejam meus maiores monstros debaixo da cama e eu já não tenha mais idade, nem cara de pau de ir me esconder dentro do armário dos velhos.
 E que foi este sentimento que dominou e expulsou a raiva, a revolta e a incompreensão. E é ele quem me ajuda a sorrir, a mesmo no meio da dor encontrar e reconhecer todos os dias momentos felizes, e ele quem me transforma em Poliana e inacreditavelmente me faz acreditar que é incrível ver que a vida é bela apesar das mazelas...

Virei boazinha? NUNCA! Mas certamente compreendi que é através da aceitação que encontramos força para vencer as maiores batalhas.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Caminhando...Caminhando...Caminhando...Cami....

Momentos de triste reflexão. E nesta hora em que temos que pesar, medir, ponderar. É quando realmente percebemos que a força é um dom inerente do Ser Humano, que todos temos, e que sim, não temos a escolha de não usá-la... Ela brota do amâgo e por mais dilacerado e amedrontado que estejamos, não conseguimos recuar, ela nos impulsiona, temos que agir e encaramos a luta de peito aberto, cabeça erguida e uma força e valentia, que nunca imaginamos que pudesse existir.

Espero, que esta mesma força, me leve a tomar as atitudes corretas, que minha intuição não me abandone e principalmente que o universo facilite a concretização das decições.

Está doendo? Insuportavelmente. 
Estou quebrada? Completamente. 
Estou com medo? Apavoradamente.

 Mas sei que hoje a maior luta não é mais na esperança de vencer o inimigo, minha luta hoje, é admitir que mais uma vez esta doença maldita me venceu, que mais uma vez esta doença maldita destroí alguem que amo e me destroça, Minha luta hoje é aprender a perder com dignidade, E lutar para que quem eu tanto amo não seja consumido de forma desumana... E Cuidar de quem como eu está destroçado, e principalmente fornecer a quem amo a certeza que os amores dela serão imensamente bem cuidados.

 E hoje não dá mais para falar nada, quero apenas seguir, prosseguir e retirar as lições que meu maior inimigo pode me oferecer...Por que Sim, ele pode ter me vencido novamente, mas não, ele NUNCA vai me destruir.

Sonho Impossível
Maria Bethânia
Sonhar mais um sonho impossível 
Lutar quando é fácil ceder
Vencer o inimigo invencível
 
Negar quando a regra é vencer
Sofrer a tortura implacável
Romper a incabível prisão
Voar num limite improvável
Tocar o inacessível chão
É minha lei, é minha questão
Virar esse mundo, cravar esse chão
Não me importa saber
Se é terrível demais

Quantas guerras terei que vencer
Por um pouco de paz
E amanhã se esse chão que eu beijei
For meu leito e perdão
Vou saber que valeu
Delirar e morrer de paixão 
E assim, seja lá como for
Vai ter fim a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor
Brotar do impossível chão

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Passa Tempo, Tempo Passa....


 Não, Não ando desanimada com o Blog, ou sem vontade de escrever. Na verdade tenho sentido muita, muita falta disto. O problema está no tempo, ele simplesmente desapareceu!!! Todo começo de semana juro que conseguirei escrever mais, que ligarei para a amiga coaching, que manterei em dia o contato cazamiga, mas epa... Já é segunda de novo e não deu tempo de fazer nada.
Nos últimos tempos, muita coisa mudou, o trabalho está bombando ( e eu AMANDO). Voltei para a Faculdade, estou fazendo Gestão de T.I. Tá certo que é EAD, mas quem pensa que é mais simples se lasca, a quantidade de trabalhos e questionários é imensamente maior, e ou vc vai na fé ( como confesso que fiz na ultima semana e se torna atacante de marca maior) ou vc ESTUDA e perde um tempo ducão. E talvez a maior de todas as mudanças, a Babá das crias que me acompanhava há 5 anos, recebeu uma proposta melhor e me vi tendo que adaptar outra pessoa e outra rotina a toque de caixa.
Não tenho mais quem me ajude em tempo integral, agora a ‘babá’, fica apenas no período da manhã, enquanto as crias estão em casa. Dá uma boa limpeza na casa por conta da Asma do HL que está cada dia mais grave e não podemos descuidar um segundo, passa a roupa e cuida deles. De resto, assumi minha porção doméstica.
Tá certo que acho um porre, que odeio com todas as minhas forças, e que continuo a léguas de distância que achar que viver sem domestica é ‘empoderamento’, mas é o possível na atual circunstância, então depois de 9 horas de trabalho com alta tecnologia, retorno ao primitivo mundo das panelas e maquina de lavar... Não vou falar que fico feliz e contente, mas não posso negar que dá um puta prazer ao ver as crias comerem com gosto e se lambuzarem com a comida da mamãe. Além disso, ver meu varal impecavelmente branco, sem roupas manchadas e com perfume que dura dias, dá a sensação de dever cumprido.  É certo que esta é uma situação transitória, mas já que tenho que encara-la, então bora arregaçar as mangas, fazer bem feito e encontrar motivos para ficar feliz, nem que seja com a superação de estar se fazendo bem feito, algo que se odeia com ódio odioso.
Tentarei encontrar tempo neste meio tempo para prosear um tiquinho, meter o pau em coisas que me deixam de cabelo em pé (tipo: querer que o estado regule publicidade infantil. Sim odeio quando o senhor ESTADO se mete onde é DEVER da FAMÍLIA, ou os IDIOTAS do CREMERJ, que se auto concederam o poder divino e realmente acreditam que podem determinar como ou onde uma mulher irar parir o filho que ela gerou. Agora onde se escondem, os doutores deuses da hipocrisia, enquanto a população morre cada  vez mais vitima de erros e descuidos médico,ou oriundos do descaso com a saúde como um todo em solo Carioca? Onde se escondem quando uma ‘deusa louca’ afirma que uma mulher no 8 mês de gestação e pressão =22 é NORMAAAAL????? Ou ainda com um 'deus preguiça ' que marca consultório para às 8 e aparece as 11:30 com cara de sono e nem ao menos se desculpa pelo atraso de mais de TRES HORAS???) Ou simplesmente falar bobagem e /ou reclamar da vida.



sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Voltando

Cof,cof,cof... Poeira por todos os cantos... Mais de um mês de abandono total ao meu pobre canto, mas tem explicação, este ano sofri de inferno astral reverso, mas também nada na minha vida segue muitos roteiros e como tal meu inferno astral ocorreu um mês depois do meu aniversário...
Agora as coisas voltam a sua relativa normalidade, mas meu maior e pior inimigo volta a assombrar minha vida. O Câncer volta a rondar e a amedrontar, a impotência  toma conta e todas as minhas certezas são postas a prova.
Menos de um ano depois das malditas células loucas terem sido extirpadas do sei da mamãe, voltaram a aparecer nódulos, cervical e pulmão e a luta recomeça... quimio pesada,  Cateter fora do lugar, dor e eu? Me dividindo entre o medo, a raiva e a esperança. É uma luta cruel e desigual, contra um inimigo filho da puta que age na surdina, e tudo que podemos fazer é tentar e acreditar.
E por hora, tento apenas tocar a vida, vivendo como ela sempre me ensinou, acreditando na vida, correndo atrás dos meus sonhos, que sei que também são sonhos dela, afinal todas as mães acabam sonhando os sonhos dos filhos; E principalmente tentando ser para os meus filhos um milésimo da mãe que ela é.